quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
Aversão ao Casamento ??
E apesar de não saber escrever em html, nem por links nem fotos, este post é dirigido ao blog amiguinho da minha amiga CRISTINA LOL e eu cito nomes PONTO....
Ela fez uma metáfora (muito engraçada) sobre relações, em que considerava haver pessoas do tipo 'marta' que apreciam o porco ainda no seu estado infantil, isto é enquanto leitão... há outras, porém, que desejam experimentar o porco adulto e folgam em estimar o porquinho, cuidando dele e têm a paciencia de o nutrir e de o ver crescer para depois tirarem partido e apreciarem o presunto e o chouriço presenteados apenas pelo porco na fase adulta. Bom a metáfora tá muito mais gira, convém irem LER a dita no blog dela...
By the way sou vegetariana, não como carne MORTA ;) de qualquer das formas metaforicamente posso imaginar-me a comer leitão e até consigo chegar ao chouriço e ao presunto, uma vez que a maior parte da minha vida comi carne morta, e confesso que adorava presunto.... (chouriço só com favas)... o ponto que eu quero passar é que eu não sou aversa ao casamento, nem pouco mais ou menos! Não serve é para mim....
Até acho que o casamento possa ser uma forma de convivio saudável para quem goste de comer sempre o mesmo presunto... e na volta o porco fornece presunto de grande qualidade e saboroso durante o resto da vida do porco (que são 6 meses LOL) o que se passa comigo é que eu até chego ao varrasco mas ter de levar com o animal o tempo todo, conviver com as suas manias e com os seus habitos, e sobretudo ter de partilhar o meu espaço com o bicho, e ter de alterar o meu modos vivendi em função do bicho, e acima de tudo não poder experimentar outro leitão sem que nasça algo na cabeça do bicho.... isso é que não... sou demasiado egoísta para ser generosa a esse ponto, que se lixe o presunto e venham os leitões.... mas o mesmo leitão pode virar varrasco e certamente posso vir a apreciar a carne tenra do porco adulto sem ter de conviver e manter um compromisso com o dito.... cada macaco no seu galho, ou por outra, cada porco no seu curral e soltem os leitões ;)
Posto isto, no outro dia fui arranjar as unhas e ao meu lado estava (também a arranjar as unhas) uma Senhora com uns 70 anos, give or take a few... eramos 4 mulheres: 3 na casa dos trinta e a dita Senhora. Das 3 trintonas, duas estão casadas há cerca de 5/6 anos e a outra (EUzinha) solterissima.
A Senhora já contava com 45 anos de casamento. Até aqui tudo maning nice.... Massss o mais interessante é que a conversa deu para o sexo... eu (que sofro de diarreia verbal crónica) tentei inicialmente conter-me, em consideração à Senhora, mas à medida que fomos conversando a Senhora mostrou-nos uma abertura enorme quanto ao tema, e explicou que casada há 45 anos, sexo ainda o pratica sim, obviamente não com tanta frequência que o fazia em adolescente, mas que quando o faz tem prazer, e apesar do marido, que já ultrapassou largamente a fase do porco adulto, ter de tomar algo para o ajudar a armar tenda, apesar disso o sexo é prazerouso.
Foi, sem duvida, um 'arranjo de unhas' bastante animado, e esclarecedor.... afinal 45 anos a comer o mesmo presunto e ainda gostar e sobretudo conseguir come-lo com prazer, apesar da placa dentária, é sem duvida uma raridade nos dias de hoje....
Na minha opinião o ser humano tem vontades próprias que mudam ao longo da sua vida, vontades essas que passam também pelo desejo sexual, o qual é, há seculos, reprimido socialmente. A grande culpada desta censura passa, na minha opinião, pela igreja católica, base da nossa sociedade, onde tudo o que dá prazer é considerado pecado, e onde o sexo serve apenas e só para procriar, nem pensar ter qualquer tipo de prazer... ai MEU DEUS que é pecado... Ok eu sei que a maior parte das pessoas da minha geração já não pensam desta forma, mas a mudança deu-se há relativamente pouco tempo, hoje não conheço ninguem da minha geração que pratique sexo apenas com o intuito de procriar, todavia a maior parte das minhas amigas casadas, fizeram-no, incoerentemente, através da igreja católica. Na base da igreja católica está o conceito de casamento, de fidelidade e sobretudo de monogamia que encontramos na nossa sociedade....
Contudo, tudo começou quando há muito muito tempo alguem iluminado decidiu criar o casamento (confesso que não fui estudar sobre o assunto, logo admito vários erros históricos.... ) porque tinha a consciencia que não sendo monogâmico, a poligamia (quiçá promiscuidade) do ser humano podia interferir na paz da sociedade, uma vez que, na impossibilidade de estabelecer com rigor a paternidade, a filiação apenas podia ser contada por linha feminina. Como consequência, as mulheres, como mães, iriam possuir uma arma de domínio absoluto.
O iluminado, macho, aproveitando o facto do homem ser o mais forte e a mulher fisicamente mais fraca, aproveitando também o facto da mulher ter de amamentar a cria, instituiu o casamento para estabelecer a ordem e a paz entre os seres e para que os homens passassem a ser produtivos e deixassem de pensar nos desejos sexuais a toda a hora.... Assim através do casamento impunha-se a monogamia e acabava-se com o poder das mulheres LOLLLL e acabava-se com a guerra entre os homens, tudo é mais facil de gerir.... (Granda teoria minha....)
No entanto, apesar de nós termos nascido numa sociedade criada pelo iluminado, não temos necessáriamente de concordar com ela...
Eu por exemplo discordo, e não me interpretem mal, não concordo com o casamento e com a sociedade como ela é, mas acho que para a maioria das pessoas isto funciona.... se funciona para quê mudar???... eu só mudei porque discordei, mas aceito que possa passar muitos anos a comer sempre o mesmo presunto, sem ter de dormir com o porco ;)
quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
Compromissos e Casamentos ou Amizades Cheias de Cor??
Acredito que o homem não é um ser monogâmico e que ao longo da sua vida tem a opção de resistir às tentações e manter um casamento, ou não resistir às tentações e manter um casamento, ou exercer a sua liberdade de estar com quem quiser quando quiser... as relações ditas ‘coloridas’ fazem, na minha opinião, mais sentido.
Apesar de hoje pensar desta forma nem sempre fui assim, quando era mais nova estava disposta a tentar, o compromisso fazia todo o sentido. Se me custava? Sim! Claro que sim! Mas afinal, como a maioria das pessoas da minha geração, cresci no ceio de uma família católica, que apesar de não ser praticante (what the hell is this?!?!) também levei com a habitual lavagem cerebral que, qual publicidade subliminar, nos incute que o prazer é pecado, que para se ser feliz tem que se passar pela luta, que a vida é difícil, que é preciso suar muito para se ter um lugar ao sol... Nesta base ter um dia a dia rotineiro e cansativo, sacrificar anos por um casamento, por um compromisso faz todo o sentido: só depois do suor é que vem o lugar ao sol... A pessoa aceita a cena, à espera do tal lugar ao sol que nunca mais chega... vão-se passando os anos, as crianças nascem, a vida quotidiana continua (cada vez mais) difícil, as pessoas tornam-se rancorosas, acordam de neura, vão trabalhar de trombas, voltam para casa para mais um serão repleto de obrigações: fazer o jantar, arrumar a loiça, dar banho às crianças, organizar a roupa... e claro isto tudo misturado com discussões várias, sobre nenhum assunto, nada que contribua para o crescimento do casal... às tantas é inevitável a ruptura...
Será que as crianças de hoje ainda acreditam que existem princesas e belas adormecidas à espera de serem salvas ou acordadas por um príncipe guerreiro e destemido?? Pois na minha opinião até são capazes de achar piada às histórias (como nós achamos piada ao mundo fantástico do senhor dos anéis) mas acreditar nelas, duvido. Arrisco mesmo dizer que infelizmente a geração da minha filha vai ter muito pouco para acreditar, senão nelas próprias, o que já não é nada mau...
Depois de uma relação falhada, é-me complicado entender o que leva duas pessoas a assumirem um casamento, mas até chego lá, consigo identificar-me: em tempos também eu acreditei no amor para sempre. Mas quando somos pequeninos e lêmos as histórias das princesinhas não imaginamos que elas casassem com alguém que não amavam... se com o tão falado AMOR a coisa é complicada então sem ele OH MY GOD... antes o casamento era uma imposição natural, organizado pelos pais logo após o nascimento das suas filhas princesas, o casamento dito por amor era (privilégio) apenas dos pobres –» amor e uma cabana... UMA OVA! Nos dias de hoje amor e uma cabana é utópico, não há amor que resista... nota-se que até na palavra ‘resistir’ está implícito algo forçado, algo negativo do género «resistir a uma gripe; resistir a uma tentação» se é preciso resistir para o amor durar então que se lixe o amor e casemo-nos por conveniência SIM!
Isto leva-me ao ponto onde estou neste momento: ate the end of the day, não ganhamos nenhuma medalha em manter um casamento... nem os filhos nos vão agradecer... talvez haja, no entanto, pessoas que mantêm o casamento com a desculpa que é por causa dos filhos e no fundo é por conveniência... voltamos às histórias das princesas mas já sem a fantasia, voltamos à própria história da origem do casamento que era claramente por conveniência, forçado pelos reis e aceite por todos... agora continua a ser por conveniência mas forçamo-nos a acreditar que é por AMOR...
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
Coisas que me irritam!
Algumas coisas que verdadeiramente me irritam (por nenhuma ordem em especial):
1. Uma coisa brutalmente irritante é quando chego ao escritorio, de manhã, vou para chamar o elevador e encontro um infeliz (já à espera), carrego no botão com a seta que indica 'para cima', pois vou sair no 5º andar, nisto reparo que o botão com a seta que indica 'para baixo' também já foi carregado pois a luz do botão está acesa; quando chega o elevador entramos os dois e LOGICO que o engraçadinho que carregou no botão para descer também vai subir (são 9 da manhã num edificio de escritorios...); entro e carrego no botão que indica piso 5 e o engraçadinho carrega no botão que indica piso 3 .... nesta altura eu começo a bufar e pergunto «vai subir?» responde o idiota: «sim» começo a sentir calafrios e uma enorme vontade de esganar o infeliz... respiro fundo e tentando não transparecer que estou irritada digo «pois... se vai subir porquê que chamou o elevador para descer?!?!?!?!...» ao que o idiota normalmente responde «é que eu não sabia qual elevador ia chegar primeiro, se de baixo se de cima» -----»»»» WHAT THE HELL???? Nisto as portas fecham (devagarinho) há um impasse de 5 segundos até voltarem a abrir tambem devagarinho para 5 segundos depois fecharem novamente devagarinho e FINALMENTE o elevador começa a subir....
É assim tão complicado usar CORRECTAMENTE um elevador?????
2. Pessoas sabichonas - aquelas que seja qual for o assunto acham que sabem sempre mais (que os outros) e têm necessidade de importunar os restantes 'pobres incultos' com as suas sabedorias de meia tigela, como se de um enorme previlégio fosse, poder ouvir estas BESTAS QUADRADAS (BQ) que jugam estar na posse da verdade absoluta sobre qualquer assunto (to say the least).....
Fala-se dum problema de saúde e lá vem a BQ, qual chefe das urgências do hospital santa maria, com o diagnostico certeiro, repleto de certezas absolutas e até chega a prescrever o tratamento que devemos fazer, dando exemplos vários da amiga do primo da tia da mãe em que o mesmo caso não correu tão bem e que acabou por morrer passado uma semana....;
Fala-se do novo aeroporto e de repente a BQ qual bastonário da ordem dos engenheiros adianta imediatamente que o melhor é construir o aeroporto na ota (ou em alcochete - tanto faz para o caso);
Até sobre o desaparecimento da maddie a BQ transforma-se em sherlock holmes e já resolveu o caso convicto que a mãe é que a matou (lógico). Normalmente estas 'pessoas sabichonas' são também dotadas da teoria da conspiração e saiem-se com frases profundas do tipo «se ainda não prenderam a mãe da maddie é porque a mãe está feita com a PJ portuguesa, à pois é.... eu é que sei»
Será que não se tocam que não têm noção.... será algum complexo???? OH MY GOD!
3. Qualquer criatura atrás dum balcão de atendimento das finanças. Criatura essa que entra as 9 e sai às 16, tem 60 minutos inteirinnhos para almoçar, sem obviamente contar com os vários cafézinhos pelo meio. A criatura exerce um total poder de entrave para o contribuinte que:
(a) falta ao emprego para esperar horas a fio na repartição
(b) trabalha 12 horas por dia e ainda leva trabalho para casa
(c) aproveita a hora do almoço para ir à repartição
(d) tem que se fingir de «estupido» para que a esfinge paneleira de óculos atrás do balcão tenha pena dele e o ajude...
Qualquer contribuinte que não tenha no minimo, 10 mestrados e 15 doutoramentos em fiscalidade não entende (por muitos neurónios que tenha) como é que o sistema fiscal português funciona... masssssssss irritante irritante mesmo, é ter de lamber o cú à esfinge e fingir que somos estupidos, na esperança que a criatura tenha pena de nós e nos ajude.
Naquele momento a desgraçada da criatura é a pessoa mais importante do mundo, quiçá do universo, e ela sabe disso, e como é uma invejosa, frustrada de merda vai-nos fazer penar para poder (finalmente) exercer o seu pequeno poder, já que não tem poder para mais nada....
4. Call centers - qualquer um! Ainda conseguem ser piores que a esfinge paneleira com óculos das finanças! Há dois tipos de call centers: os que ligam para nos vender qualquer coisa e os que somos nós a ligar (porque já compramos qualquer coisa).
No primeiro caso ainda a coisa é pacifica, ligam, eu atendo, percebo que me querem chular, calmamente digo «um momento», poso o telemovel na secretária e continuo a trabalhar tranquila. Geralmente quando me lembro do telemóvel já desligaram... na boa - pacifico.
No segundo caso é de loucos! Aconteceu no outro dia ter ficado sem internet e tive que ligar para a PT, ligo, atende o gravador onde somos 'obrigados' a ouvir as 9 opções (prima 1 para facturação, prima 2 para aumento de banda, (...) prima 9 para avarias), ok o meu problema deve ser avarias - penso eu - (os outros não tinham nada a ver) e lá primo o 9, oiço o gravador dizer «digite o numero que está avariado», eu digito o numero, espero 2 minutos e oiço uma gravação que diz que o numero inserido não tem nenhuma avaria e eis que a chamada acaba.
Volto à estaca zero e volto a ligar para o unico numero geral, volto a ouvir as opções todas e no fim a gravação diz para eu aguardar em linha que vão passar aos serviços de atendimento. Entre o fim da gravação e o atendimento passam cerca de 10 minutos. Finalmente atende o parasita do outro lado e é quando a coisa deixa de ser relativamente pacifica e passa para a esfera da irritação... As tantas percebemos que o inergume não nos está a ouvir, e está antes a ler o texto que aparece no monitor dele.
O nosso nível de irritação começa a subir em flecha, primeiro por não conseguirmos passar a informação a um sacana que até para ler tem dificuldades, e sobretudo por não conseguirmos resolver o problema inicial (de estarmos sem net), damo-nos conta que a nossa irritação não está a afectar a aberração, alias o nosso nível de irritação é inversamente proporcional ao nível de tranquilidade da besta.
Seria cómico se não fosse trágico, ouvi-los repetidamente e com a mesma vóz simpática, imunes ao nosso desespero, que a situação vai ficar resolvida em breve... Pergunto «breve???? breve quando???» e lá vem a voz zen e simpatica da abetarda a repetir a mesma lenga lenga e no mesmo tom paciente «a situação vai ficar resolvida em breve minha senhora. A PT Comunicações agradece o seu telefonema, gostaria de colocar mais alguma questão?» esta frase engalinha-me, a irritação está ao rubro... desde quando é que se colocam questões???? Faz-se uma pergunta, ok... mas colocar uma questão??? Colocar onde? No frigorifico? Porque raio é que hoje em dia qualquer abetarda com olhos se julga a última coca cola do deserto e enche o peito para dizer «deseja colocar mais alguma questão?»
Bom já tou a sair do tema... fico-me por aqui....
Para acabar, irritante mesmo deve ser ganhar o euromilhões e perder o talão... LOL
quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
O efeito BOOMERANG ;)
Este tipo de know how devia simplesmente existir em cada ser humano, tal como o ar que respiramos: é gratis e precisamos dele para viver!
Quando conheço alguem que me pergunta qual o meu signo eu respondo que sou escorpião ascendente escorpião (nem sei o que quer dizer ascendente em linguagem de signos, mas sei que sou isso, seja lá o que 'isso' for) e reparo que há sempre um reação mais marcada ao meu signo, do que aos outros signos. É comum haver uma reacção do genero 'hummmm tu és daquelas vingativas...' há uma mistura de curiosidade e receio: afinal é do senso comum que o escorpião tem uma natureza vingativa. Eu até acho piada as pessoas olharem para mim com aquele olhar de 'será que ela é vingativa?' e depois isto dá sempre pano para mangas....
Não me considero uma pessoa vingativa, essa característica do escorpião em mim não se aplica... massssss nem sempre fui assim.... quando era mais nova achava-me altamente vingativa, era essa a noção que tinha de mim, e como não agia nesse sentido (de vingança) acalmava a minha 'falsa' identidade com pensamentos do genero «a vingança é um prato que se come frio» e lá se iam passando dias, semanas e meses até que me esquecia da razão que me motivou para a tal vingança.... e com o passar do tempo as coisas parecem menos importantes, e o sentimento mau de vingança desvanece.... até que me apercebi que eu não era o tipico escorpião, não era nada vingativa, I couldn't hold a grudge, sobretudo porque me esquecia, porque a minha memória selectiva não guardava nenhuma informação no meu cerebro que implicasse o resentimento relativamente a alguém; bom sem magoa e sem resentimento não pode haver vingança.... tive um choque, foi brutal pois tive uma 'crise de identidade' e comecei a perceber que afinal não me conhecia tão bem quanto pensava, assustei-me: afinal who am I???
Fui fazer psicanalise, sim isso mesmo: eu deitada num divã, a desbobinar o que me passasse pela cabeça a um psicanalista «freudiano» a quem pagava para me ouvir.... fui com o objectivo de me conhecer... parece meio estupido: pagar a alguém para te ouvir para que TU concluas quem TU és.... fónix.... parece facil... pois é, mas não é.... tive lá 3 anos: give or take cerca de 300 sessões de 60 minutos: 18 mil minutos de psicanalise, parece muito... pois é, mas não é.... deixei de ir porque passei a ter outras prioridades e não por considerar que já me conhecia.
Acontece que somehow, nestes 18 mil minutos de trabalho (sim foi mesmo trabalhoso) consegui conhecer-me melhor. Uma das coisas que percebi é que o tal 'efeito boomerang' que devia exsitir em cada ser humano, sempre existiu em mim: nasci assim, fazer o quê??? Então o que percebi (que foi life changing) é que tudo que fazemos de bom ou de mal volta para nós. Parece uma conclusão obvia, mas não é... porque como em tudo na vida, é necessário perceber como funciona este 'efeito boomerang' e não é assim tão obvio:
These are the rules:
1. Não se pode estar à espera.
2. Não se pode ignorar, tem que se agir.
Não se pode agir bem só pela espera de recompensa futura (age-se bem porque sim, mas não para esperarmos o bem de volta para nós). Se eu dou um presente a uma amiga, não posso ficar à espera que ela me dê um a mim também: it doesn't work that way... eu dou porque gosto de dar. A ideia é a pessoa dar (ou agir/ou ajudar) sem esperar nada de volta, mas que seja genuino pois só se for genuino é que volta para nós (através doutras mãos, de outras pessoas, de outras formas) e volta para nós na proporção que nós demos e equivalente ao bem que praticamos; ou seja eu dou uma esmola de 5 euros a um pobrezinho, não significa que me vão dar a mim 5 euros um dia, apenas sei que o valor que os 5 euros representa para o pobrezinho virá para mim um dia, ou nesta vida ou noutra tanto faz, e poderá vir sob outra forma que não em seja dinheiro mas que equilave ao valor que esses 5 euros teve para o pedinte. You see my point?
Outra regra é não se pode ignorar o que nos é oferecido: se a vida nos dá limões TEMOS que agarrar neles e fazer limonada... não vale a pena ficarmos à espera das laranjas (ou do vodka) se a vida te dá (de mão beijada) os limões agarra neles e faz qualquer coisa deles enquanto estiverem maduros.... Se a pessoa ignorar o universo deixa de dar! É como em tudo: se eu ofereço todos os dias um café a uma colega e ela nunca aceita eu às tantas deixo de oferecer... Se o universo te dá, agarra, faz qualquer coisa...
Finalmente a vingança não faz sentido porque o efeito boomerang funciona para o bem ou para o mal: se eu magoar alguém (propositadamente) vou ter a mesma magoa someday. Pode vir de outra forma de outra pessoa, ou de outra situação mas irei sentir a mesma magoa na mesma proporção e equivalente ao que provoquei na outra pessoa.
É lógico que a pessoa tem de estar consciente: se eu magoar inconscientemente outra vou ter sinais que não posso ignorar para passar a estar consciente do que fiz, neste sentido é sempre preciso agir, não vale pensar «ok, magoei a pessoa X há 10 anos e só hj tenho consciencia disso, já não vale a pena fazer nada...» vale sempre a pena, desde que ajamos genuinamente sobre a nossa consciencia.
É isso.... tive que reler para ver se fazia sentido...
Keep smiling ;)
quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
Something about Xmas time...
Hoje dia 27 de Dezembro estou de ressaca!
Não comi nem bebi mais que a conta, mas mesmo assim tou de ressaca e (sorry Bryan) feliz por faltar UM ano para o natal!
Ocorre-me todos os anos: antes do natal oiço este classico tipico da minha geração, sempre adorei esta música, a letra faz-me viajar e sonhar com um mundo perfeito. Imagino-me à lareira, numa casinha de madeira, rodeada de neve, muitas velas e luzinhas de natal. E um enorme conforto interior aquela sensação de paz... Quando acaba o natal oiço a musica e nada... a fantasia acabou... (tal como a carruagem que vira abobora) e instala-se a ressaca: o que será que acontece para num dia eu sonhar com chocolate quente à lareira e no dia seguinte nada, zero, finito....
Talvez seja a repentina invasão de boa disposição geral pré natalicia: assistimos a coisas boas à nossa volta, há no ar um «xmas feeling», vamos ao supermercado e ficamos felizes por comprar o arroz e o feijão para oferecer ao banco alimentar contra a fome, somos capazes de nos tornar altamente solidários durante esta época, e sentimo-nos bem com isso, sorrimos na rua, desejamos «bom natal» nas lojas onde compramos os presentes para dar (nem sempre às pessoas a quem gostariamos de dar), enfeitamos as nossas casas, enviamos postais de natal, preparamos a casa para receber, a cozinha enche-se de iguarias várias tipicas da época, temos sempre qualquer coisa para oferecer a quem nos visita, a arvore fica cheia de embrulhos com laçarotes.... é como uma injecção de 'felicidade' que dura enquanto nos preparamos para o natal... depois de repente acaba ...
Para alguns acaba logo no dia da abertura dos presentes: recebemos coisas que não servem para nada, que não precisamos e sobretudo que não gostamos, depois temos que agradecer os presentes com um sorriso «sincero»; on top temos que «acartar» com as ditas coisas para o carro (de noite e ao frio) e do carro para casa, precorremos kms para estarmos com toda a familia que faz questão em estar connosco... temos que arrumar todas as inutilidade que recebemos, acabamos com kilos de caixotes para levar para o lixo (recliclado claro, senão até parece mal) e com mil objectos que não sabemos o que fazer, achamos tudo um brutal desperdício... sentimo-nos mal, o nosso sentimento de culpa está ao rubro...
Da mesma forma também nós distribuimos os nossos presentes pelas pessoas e sabemos que no fundo as pessoas no geral estão a pensar o mesmo que nós... Invade-nos um sentimento de culpa... sentimo-nos mal por receber tanta coisa que não queremos e começa a ressaca...
No dia seguinte acordamos e percebemos que a ressaca se instalou para ficar. A ressaca é tanto maior quantos mais presentes recebemos. De repente temos imensas coisas que não queremos, sintimo-nos culpados por não querermos as coisas que nos deram, sentimo-nos mal com isso, mal agradecidos.... sentimo-nos pior porque sabemos que existem pessoas que dariam tudo por terem uma familia para passar o natal, existem pessoas que dariam tudo por terem um carro para visitarem os primos, ou os avós e não se importariam nada de fazer os tais kms, que não se importariam nada de acartar com os tais presentes.... e nós que temos isso tudo «de mão beijada» não damos o valor, quer dizer é precisamente por darmos valor que nos sentimos mal, sentimos mal connosco pela atitude negativa do «que seca vou ter de ir almoçar a coimbra com a familia do meu pai, depois tenho que fazer 200 kms para vir jantar com a familia da minha mãe, vou ter de aturar a minha tia avó surda que insiste em conversar comigo.... ó que chatisse.... e vou gramar com mais um prato da colecção da vista alegre que a familia insiste em oferecer» mas só depois do natal é que nos aprecebemos do mal que nos sentimos, até lá estamos «drogados» pela injecção de felicidade que paira no ar, depois caimos na real, e lá está o biblot horrendo que nunca iremos por na prateleira oferecido pela amiga da avó que nos dá sempre qualquer coisa no natal, e nós temos que telefonar sempre a agradecer (e por telefonarmos a amiga da avó sente-se na obrigação de voltar a oferecer algo igualmente horrendo no ano seguinte), lá estão os papeis de embrulho amachucados espalhados pela entrada, o perfume que deve ter custado 'os olhos da cara' que nunca iremos por, e .... não há absolutamente nada a fazer.... a única coisa positiva que nos resta é o conforto de saber que falta UM ano para o próximo natal!
Contudo e pensando melhor, a musica do Bryan refere-se ao nosso estado prénatalicio, durante o efeito da injecção de 'felicidade'.... e essa sensação deveria manter-se sempre, todos os dias do ano como se todos os dias nos tivessemos a preparar para o natal....
We waited all through the year
for the day to appear
we could be together in harmony
You know the time will come
peace on earth for everyone
and we can live forever
in a world where we are free
let it shine for you and me
There's something about Christmas time
something about Christmas time
that makes you wish it was Christmas everyday
See the joy in the children's eyes
the way that the old folks smile
says that Christmas will never go away
We're all as one tonight
makes no difference if you're black or white
'cause we can sing together in harmony
I know it's not too late
the world would be a better place
if we can keep the spirit
more than one day in the year
send a message loud and clear
It's the time of year when everyone's together
we'll celebrate here on Christmas day
when the ones you love are there
you can feel the magic in the air - you know it's everywhere
There's something about Christmas time
something about Christmas time
that makes you wish it was Christmas every day
To see the joy in the children's eyes
the way that the old folks smile
says that Christmas will never go away
Please tell me Christmas will never go away
quarta-feira, 19 de dezembro de 2007
Me, Myself and I
Afinal qualquer 'idiota' tem um blogg...
Mas um blog para falar sobre o quê?
Será que tenho assim tantas coisas para partilhar?
Será que aquilo que vou escrever vai ser lido?
Será que sou assim tão full of shit?
Pois não sei... mas apeteceu-me experimentar...
Não sei se vou ter cú pra vir cá semanalmente cagar sentenças, nem tão pouco se me vou empenhar à procura de assuntos para escrever ou se tenho a tal cagança necessária, but I'll give it a try...
O céu não é o limite: é o ponto de partida, não só tem a ver com aquilo que gosto de fazer (saltar de aviões) mas tem, sobretudo a ver, com a intenção de escrever sobre diversos temas não me limitando a um único assunto. O objectivo é divertir-me e passar mensagens sobre o que penso; não sou politicamente correcta e estou-me nas tintas para os erros de português. Vou tentar escrever da mesma forma que falo, embora nem sempre isto seja possível, mas vou tentar 'falar' e não 'escrever'.
Sou uma pessoa completamente normal, logo não esperem nenhum life changing post....
Todos os comentários aos meus post são altamente bem vindos, especialmente se discordarem do que digo, pois o propósito é mesmo esse: não pretendo ter razão apenas vou partilhar as minhas opiniões e por isso podem (e devem) cascar nelas! É que eu digo muitas barbaridades irreflectidas e como sou altamente impaciente sofro de diarreia verbal: eu falo e só depois de me ouvir é que penso... e embora esteja atenta para essa minha faceta ela é de tal forma visceral que não melhora com a idade, antes pelo contrário. Ok num blog é sempre possivel minimizar este aspecto, pode reler-se a coisa antes de a publicar, mas o que eu pretendo é ser genuina por isso se for reler e alterar as coisas que digo (numa de ser uma coisa mais reflectida) perco a parte espontanea da coisa...
Posto isto e como estamos nesta época maravilhosa desejo a todos um feliz Natal!
I'll be back ;P