quinta-feira, 24 de abril de 2008

Confesso a estupidez total

Gostava de partilhar uma cena que eu faço constantemente e nem sei se será normal... bom normal sei que não é... mas será que há mais alguem que o faça??????




A vida é um jogo composto por infinitos níveis de dificuldades, vamos passando alguns repetindo outros até que sem aviso prévio: game-over...




Tendo em consideração os trunfos que vais acumulando e a capacidade que desenvolves durante os níveis para chegares mais além é de esperar que acabes o jogo, one day.... mas há sempre aqueles níveis chatos que te exigem um enorme esforço para passares ao próximo. Nestes há uma tendência para desistir afinal nem se conhece a recompensa, nem sequer temos a certeza que a recompensa existe: será que vale o esforço?




Na minha opinião vale sempre o esforço. Mas nos níveis dificeis sinto necessidade de intuir se estou a fazer bem ou mal, procuro constantemente sinais de aprovação, imploro ao universo para me dar um aviso. Em termos muito praticos faço joguinhos dentro do jogo; falo muito comigo do genero: se encontrar lugar para o carro significa que devo ir à reunião, senão é porque talvez não deva... Este tipo de joguinhos cerebrais são mortais, por não estarem baseados numa estrutura racional, antes pelo contrário são totalmente idiotas e EU tenho essa noção... mas já é uma coisa interna, entranhada em mim. Não me consigo livrar dela ;) HELPPPPP!




Não me incomoda muitooooo até porque quando (usando o exemplo do carro) não encontro lugar para o carro ajuízo sempre o ridiculo desta minha maneira de pensar e na cretinisse de raciocinio idiota e acabo por ir na boa para a reunião, até me 'riu' da situação e da estupidez aos 34 anos a fazer este tipo de jogos imbecies. Mas quando chego e encontro logo lugar, fico incrivelmente agradada na lógica deste meu raciocinio 'que nunca me falha', creio mesmo que o universo está à espera que eu vá a reunião, passa a ser missão, nada me demove.... CRAZY...



Lembro-me quando era teenager inconsciente - altura em que me iniciei neste tipo de jogos - quando tinha vontade de acabar com um namorado fazia o jogo de acertar com uma bola enrolada de papel no caixote do lixo - se acertasse acabava... mas prevalecia sempre a vontade, se na primeira tentativa falhava o caixote, o joguinho passava logo para 'se acertar na segunda vez', se falhasse passava para a 'terceira vez' and so on... até que finalmente acabava por acertar no caixote. Assim que a bola enrugada de papel entrava no caixote: BINGO finalmente tenho 'permissão' do universo para acabar... é isso que o universo quer que eu faça, se não fosse eu não teria acertado... desculpas portanto...

Take air ;)

1 comentário:

Alex disse...

Podes confessar a estupidez total mas, já agora, confessa também que não acreditas nisso.

Racionalmente, esse tipo de jogos parecem estúpidos, ou infantis, porque não são conformes à lógica positivista. HhAh! A lógica positivista é a primeira a falhar na hora do aperto. Sucumbe antes da esperança, da fé, da crença arreigada ou mesmo da mera teimosia.

E, além do mais, qualquer pessoa inteligente e possuidora de uma alma relativamente evoluída (relativamente cá ao burgo Terreno) sabe perfeitamente que as coisas não acontecem por acaso, que existe ordem no universo e que este envia sinais de resposta e orientação a quem os pede e a quem lhes está atento.

Por outro lado, essa história de mudar a leitura dos sinais de acordo com a nossa conveniência também é uma manifestação de saber viver e saber mudar a vida para melhor. Nós somos aquilo que pensamos e assim o é o nosso destino. Acreditar em "resultados" negativos é uma autêntica evocação do que não desejamos. Nada disso portanto – se sai menos bem há que insistir e mudar a coisa, fazer uma afirmação de não desistência, regatearmos aquilo a que acreditamos ter direito.

Tenta outra confissão, essa não pega.